LANYANA
Artemisia Afra
A Lanyana também é conhecida como Artemísia africana ou absinto africano. é uma planta selvagem e nativa das regiões montanhosas da África do Sul, mas também é encontrada ao norte, em regiões como a Etiópia. Como outras artemísia, é um óleo medicinal forte e deve ser usado com cuidado.
O óleo de Lanyana tem uma nota superior poderosa com uma nota fresca e penetrante de cineol, seguida por uma nota de base picante e uma certa caracterísitca verde-herbal, sendo por isso, muito especial para perfumaria.
É um óleo de limpeza e anti-séptico usado para tratar uma grande variedade de doenças. Sua inalação é amplamente utilizada para resfriados no peito, bronquite, nariz entupido e dores de cabeça causadas por sinusite. A Lanyana é um óleo essencial que tem algumas pesquisas para apoiar seus efeitos anti-microbianos, anti-fúngicos e anti-oxidante.
Propriedades: Anti-helmíntico, anti-séptico, colerético, emmenagogo, febrífugo, repelente de insetos, narcótico, estimulante (digestivo), tônico, vermífugo, regulador do sistema hormonal feminino (menopausa, tpm).
Usos: Resfriado e gripe como um inalante, sabonetes anti-sépticos, sistema hormonal feminino (massagem e inalação), anti-fúngico (puro ou diluído na pele) e na perfumaria.
Misturas com: Musgo-de-carvalho, jasmim, flor de laranjeira, lavanda, jacinto.
Benefícios energéticos: Lanyana traz energia de cura cósmica para o peito e pulmões.
Contra-indicações: Este óleo não deve ser tomado internamente. Deve ser evitado seu uso em grávidas decido ao teor de artemísia cetona que possui.
Perfil cromatográfico do óleo de LANYANA da LASZLO:
1 α-thujeno 0.2
2 canfeno 0.3
3 α-felandreno 2.3
4 p-cimeno 0.6
5 1.8 cineol 13.0
6 artemisia cetona 74.3
7 linalool 1.8
8 α-thuiona 0.7
9 artemisia alcool 2.7
10 verbenol 0.2
11 carveol 0.3
12 nerol 0.4
13 β-cariofileno 0.2
14 germacreno D 0.5
15 biciclogermacreno 0.3
16 nerolidol 0.3
17 camazuleno 0.1
outros 1.9
MACE
Myristica Fragrans
O Mace é o aril vermelho (polpa de revestimento) que cobre a semente de noz-moscada. Jatiphala (como é conhecida na Indonésia) é uma árvore nativa das florestas tropicais da Indonésia e que leva cerca de 20 anos para dar frutos que contêm a semente de ‘noz-moscada’ e sua camada protetora ‘mace’.
O mace é um óleo bem diferente do obtido da semente de noz moscada. Ele é bem mais complexo e de superior potencial antisséptico. Possui grande destaque de atividade anti-fúngica, além e anti-inflamatório também.
Óleos ricos em miristicina e elimicina, como o mace e a noz-moscada, estimulam o aumento da concentração de neurotransmissores no cérebro, como serotonina e melatonina, e com isso ajudam a melhorar estados depressivos, melancolia além de que se utilizado à noite em difusores ao lado da cama, pode favorecer sonhos “vívidos”.
Mace alivia a halitose, insônia, congestão, reumatismo, cólicas, indigestão, impotência, disfunções erétil, dismennorhea, asma, cefaléia, lombalgia, icterícia – aquece o corpo, estimula o coração, aumenta a circulação, ativa a mente e revive as pessoas de desmaios – estimula o sistema digestivo, combate gás, vômitos, diarréia e constipação; Combate os cálculos biliares e suporta o sistema reprodutivo. O óleo é anti-inflamatório, reduz o inchaço nas articulações e alivia dores e dores musculares.
Os árabes usaram o Mace e a Noz-moscada desde a época medieval e comercializaram essas ervas carminativas e afrodisíacas em toda a Europa, auxiliando no tratamento da indigestão, impotência e ejaculação precoce.
A Medicina Tradicional Chinesa usa o Mace no tratamento de dismenorréia ou menstruação dolorosa, dor abdominal e problemas hepáticos.
Contra-indicações: Evite seu uso se estiver utilizando inibidores de MAO (monoamina oxidase), pois ele pode potencializar o efeito destes medicamentos.
Perfil cromatográfico do óleo de MACE da LASZLO:
1 α-thujeno 2.3
2 α-pineno 15.1
3 sabineno 13.0
4 β-pineno 12.1
5 mirceno 2.0
6 careno 0.6
7 α-felandreno 1.6
8 α-terpineno 1.5
9 p-cimeno 8.2
10 limoneno 7.1
11 γ-terpineno 2.5
12 terpinoleno 1.3
13 terpinen-4ol 9.1
14 α-terpineol 1.5
15 safrol 2.4
16 metil eugenol 3.1
17 miristicina 8.0
18 elemicina 2.1
outros 6.5
ÓLEO DE CÂNFORA E SEUS QUIMIOTIPOS
(CÂNFORA BRANCA, RAVINTSARA, HO WOOD E HO LEAF)
A Cinnamomum camphora (L.) J. Presl, conhecida pelo nome comum de canforeira, é uma árvore de grande porte, que pode atingir os 20 m de altura, pertencente à família Lauraceae e ao género Cinnamomum, o mesmo da árvore que produz a canela. Esta árvore é nativa do Extremo Oriente, particularmente do Taiwan, do Japão e da China meridional. A espécie é rica em óleos essenciais, sendo cultivada como árvore ornamental e para produção de cânfora.
Esta espécie, em se tratando de óleo essencial, é muito versátil. Possui 3 quimiotipos principais que são comercializados ativamente em todo o mundo.
QUIMIOTIPO CÂNFORA (ÓLEO DE CÂNFORA BRANCA)
A árvore deste quimiotipo é chamada na China HON SHO, mas aqui no ocidente recebe apenas o nome de CÂNFORA. O óleo essencial é produzido por destilação a vapor da madeira, raízes e galhos, e então redestilado sob vácuo e filtrado para produzir três frações que são conhecidas como branca, amarela (ou laranja) e vermelha (ou marrom), frações estas, obtidas em tempos de destilação diferentes, como com o ylang ylang. A cânfora branca é fração mais leve (conseguida a baixa fervura), de pouca cor indo do amarelo pálido transparente e possuindo um forte aroma canforáceo. A cânfora vermelha é a fração do meio. A cânfora amarela, de cor amarela ou verde-azulado, é a mais densa.
A cânfora amarela e a vermelha são ricas em safrol. Devido ao safrol ser um componente tóxico, somente é comercializado na aromaterapia o óleo de cânfora branca, livre de safrol.
Vale destacar que a cânfora em pedrinhas compradas em farmácias, é sintetizada pela reação de pineno com acetona. Não possui a complexidade do óleo essencial.
A cânfora branca é empregada geralmente em problemas das vias respiratórias como sinusite, catarro, peito cheio e congestionado. Também tem propriedades estimulantes da circulação local, por isso muito empregado dentro da estética para tratamento de celulite e varizes. Em massagens tem utilidade no tratamento de tensão muscular, assim como luxações e dores articulares. Também é antisséptica e possui algum potencial anti-inflamatório pequeno. Costuma dar um bom resultado na acne, reduzindo o excesso de oleosidade da pele. Seu alto teor de cânfora mesclado ao cineol, permitem a este óleo possuir um efeito estimulante cerebral, auxiliando na memória e alívio de cansaço mental. É um efeito similar ao do Alecrim. Este óleo essencial, deve ser evitado em hipertensos.
Perfil cromatográfico do óleo de CÂNFORA BRANCA da LASZLO:
1 α-pineno 6,2
2 canfeno 4,9
3 β-pineno 0,3
4 p-cimeno 14,4
5 1,8-cineol 24,7
6 limoneno 24,4
7 canfora 23,6
QUIMIOTIPO LINALOL (ÓLEO DE HO WOOD OU HO LEAF)
A árvore deste quimiotipo é chamada na China de HO SHO. Quando retirado da madeira o óleo é vendido sob o nome de HO WOOD, e quando retirado das folhas, é chamado de HO LEAF. Seu destaque é o teor de linalol, que o torna muito semelhante ao óleo de pau-rosa, do qual é o substituto.
É um óleo muito calmante, que reduz a ansiedade, tensão e agitação. Excelente para uso em difusores de noite para combater a insônia. É um potente regenerador e calmante da pele, útil na cicatrização e redução de irritações, sendo interessante para retardar o envelhecimento da pele madura.
Você pode considerar que a maioria dos usos que poderia ter com o óleo de pau-rosa e o de lavanda, você consegue obter de forma similar com o óleo de HO.
O alto teor de linalol confere a este óleo qualidade imunoestimulantes e, diferente da cânfora branca que pode aumentar a pressão arterial, o HO é hipotensor, regulando e melhorando os problemas de hipertensão arterial em homens e mulheres.
Seu aroma é especialmente agradável, tendo qualidades equilibradoras das emoções, do corpo e da mente.
Perfil cromatográfico do óleo de HO WOOD da LASZLO:
1 β-pineno 0.1
2 limoneno 0.2
3 terpinoleno 0.6
4 linalool 98.1
Obs.: A composição do óleo de ho wood e do ho leaf é muito similar, podendo serem usados um em substituição ao outro.
QUIMIOTIPO 1,8-CINEOL (ÓLEO DE RAVINTSARA)
No século XIX os Chineses colonizaram Madagascar e levaram para esta ilha algumas espécies botânicas típicas da China. O ylang ylang e a cânfora foram duas das espécies asiáticas introduzidas neste país. Quando a canforeira começou a ser destilada em Madagascar, devido provavelmente às condições climáticas distintas da Ásia, ela deu origem a um óleo com menor teor de cânfora e maior de cineol. A presença de outros componentes, tornaram a ravintsara mais complexa e de ação antisséptica superior à sua parente asiática, a cânfora branca, assim como ao próprio óleo de eucalipto.
É um bom expectorante, possui usos parecidos com os óleos de niaouli, cajeput e eucalipto glóbulus.
É importante não confundir o óleo de ravintsara com o óleo de ravensara. Enquanto a ravintsara possui o nome botânico Cinnamomum camphora, o nome botânico da ravensara é
Agathophyllum aromatica. O óleo de ravensara aromática é um potente antiviral e antibiótico natural, superior ao óleo de ravintsara.
Perfil cromatográfico do óleo de RAVINTSARA da LASZLO:
1 α-thujeno 0.1
2 α-pineno 9.6
3 canfeno 1.6
4 sabineno 1.3
5 β-pineno 4.0
6 mirceno 0.7
7 p-cimeno 8.8
8 limoneno 13.6
9 1,8-cineol 32.4
10 γ-terpineno 0.3
11 linalool 5.0
12 canfora 12.3
13 terpinen-4-ol 3.9
14 α-terpineol 0.7
15 β-elemeno 0.6
16 β-cariofileno 0.5
Textos: Fábián László