Aromaterapia, Receitas

Sabonetes Artesanais

Há indícios de que já na pré-história o ser humano fazia uso do sabão mesmo não sabendo da importância que um dia este produto teria para toda a humanidade. Segundo uma antiga lenda romana, a palavra ‘sabão’ teve sua origem no Monte Sapo, próximo à Roma, na Itália, onde animais eram oferecidos em sacrifício para os deuses. A gordura dos animais imolados no fogo misturava-se com a madeira queimada do altar. Esta mistura escorria para o solo nas proximidades de rios e as mulheres, ao lavarem roupas, sentiam uma maior facilidade em limpá-las quando estavam em contato com a nova substância.

Sabonete

O ano de 1878 foi um marco na história do desenvolvimento dos sabões modernos, quando foi inventado o sabão branco. Isto ocorreu acidentalmente, devido à inclusão de ar na solução de sabão antes da moldagem.
O uso medicinal dos sabões nos remete aos registros nos quais são mencionadas suas propriedades medicinais e de limpeza. Alguns estudiosos usaram sabão para tentar solucionar diversos problemas de pele, incluindo a escabiose, a psoríese, a tinea, o versicolor e a herpes tonsurans. Na Europa, no século XIX, foram descritos tratamentos com o uso do sabonete de versicolor da acne vulgar e da micose. E nos Estados Unidos, experimentaram tratar a acne com um sabão fino, feito de azeite de oliva e soda cáustica.

Na época de Napoleão, na Europa, o banho ainda não era um costume corrente e as pessoas não o praticavam. Nos tempos elisabetanos, o banho era um evento anual, felizmente, com a mudança das gerações, este hábito tornou-se diário, mostrando-se útil à remoção de microorganismos da pele, reduzindo, desta forma, o risco de infecções na mesma.

Os sabões são resultados da reação química entre a gordura e um álcali, resultando num sal ácido de gordura com ação detergente. O nome “sabonete” teve origem na França, onde se iniciou a confecção de sabões nos quais eram inseridas cores e aromas. A palavra em francês é “SAVONETE”.

Na década de 50, com o desenvolvimento da indústria química e o ajuste das fórmulas, foi constatado um baixo índice de alergia ao uso de sabonetes, além de uma diminuição em seu custo. A função do sabonete consiste em emulsionar e suspender pequenas partículas sólidas da pele, que,desta forma, são eliminadas junto com a água, diminuindo o ressecamento da pele. A composição dos sabonetes podem ser incorporados óleos vegetais ou minerais.

Com o passar do tempo, as indústrias químicas desenvolveram sabonetes menos agressivos à pele, como os sabonetes de glicerina. Outras indústrias também auxiliaram esse desenvolvimento, criando equipamentos que tornaram a mão-de-obra das fábricas de sabonete mais rápida e eficiente.Atualmente, podemos preparar nossos próprios sabonetes, utilizando bases que são dissolvidas artesanalmente, adicionando a eles cores e aromas e ainda moldando-os em várias formas e tamanhos diferentes.

SABONETES COMERCIAIS:

A carência de glicerina nos sabonetes comerciais é a principal razão do ressecamento que sentimos na pele com o seu uso. E muitas vezes vemos o próprio sabonete ressecar e rachar. Esta é a principal diferença entre os sabonetes comerciais e os sabonetes artesanais. Os ácidos graxos contidos nos óleos utilizados para se fazer o sabonete artesanal ajudam a regular a umidade e nutrir a pele, enquanto a glicerina natural dá uma textura mais macia.

Os sabonetes comerciais que você encontra nos supermercados são fabricados visando dois aspectos: a conservação do produto nas prateleiras do comércio e oferecer ao consumidor um produto de maior duração, com isso justificam o uso de produtos químicos e conservantes resultando em um produto que nem poderia mais ser chamado de sabão ou sabonete, na sua verdadeira acepção, pois nada mais são do que detergentes sintéticos, utilizando inclusive o hidróxido de sódio (soda cáustica). Muitos desses detergentes são à base de petróleo e outros que contêm substâncias encontradas na natureza, mas são extraídos radicalmente e modificados

Os sabonetes comercialmente vendidos são na verdade detergentes sintéticos. Em comparação, o sabonete artesanal, é a forma pura e verdadeira do sabonete.

Sabonete de maracujaFazer sabonete é uma arte. O sabonete artesanal é macio, rico, envolvente e calmante. Sua espuma é densa e penetrante, ela deixa uma película emoliente na pele tornando-a macia e sensual.
Os sabonetes artesanais não contêm detergentes sintéticos nem os conservantes encontrados nos sabonetes comerciais. O uso dessas cargas tem como objetivo prolongar seu prazo de conservação nas prateleiras das lojas.
A glicerina é um derivado de componentes graxos que elimina a agressividade causada à pele presente nos sabonetes comuns. Usado desde a cosmética antiga, permanecendo até hoje, como elemento de uso obrigatório nas formulações que proporcionam profunda ação hidratante. A glicerina é um umectante. Uma molécula de glicerina é criada para cada três moléculas de sabão. Os fabricantes de sabonetes comerciais retiram a glicerina do sabonete e a revendem para a indústria de cosméticos e farmacêutica. No Sabonete Artesanal é naturalmente formada e permanece no sabonete.
O Sabonete Artesanal é naturalmente mais macio, quando tocá-lo suavemente você deverá sentir a sua delicadeza. Você pode perceber que quando ele é fresco, o sabonete absorve a umidade do ar em pequenas gotas que deixam a sua superfície úmida.

Aprenda a fazer sabonetes medicinais: 
Um dos produtos artesanais mais simples e gostosos de se fazer são sabonetes.
Além, de poder customizá-los de acordo com sua pele, necessidades de tratamento, ou simplesmente usá-los como item de decoração é uma terapia e tanto, Além de ser um produto ecológico, pois você pode usar corantes, essências, e substâncias naturais no seu preparo!!!

Sabonetes medicinais:

Como o próprio nome diz, são sabonetes feitos com ervas medicinais e produtos da natureza, com propriedades terapêuticas.

Anticelulite (sabonete 1)

Material
150 g de glicerina leitosa ou transparente
1/2 colher (sopa) de argila verde
4 ml de extrato glicólico de hera
4 ml de extrato glicólico de centella asiática
4 ml de essência de algas
Corante verde à base de água a gosto
Álcool de cereais
Fôrma de silicone texturizada
Como usar: A cada banho, faça movimentos circulares com o sabonete na região afetada.

Clareador de manchas (sabonete 2)

Material
100 g de glicerina leitosa
3 ml de extrato glicólico de pepino
3 ml de essência de maçã-verde
Corante verde à base de água a gosto
Fôrma redonda de PVC
Álcool de cereal
Como usar: Todos os dias, no banho, lave a área afetada com o sabonete clareador de manchas.

Antiacne (sabonete 3)

Material
100 g de glicerina transparente
1 colher (sopa) de calêndula desidratada
3 ml de extrato glicólico de calêndula
3 ml de essência de calêndula
Fôrma quadrada de PVC
Como usar: Lave o rosto com o produto em água corrente três vezes ao dia (manhã, tarde e noite).

Modo de fazer:
Para estes três sabonetes, a fórmula é a mesma.
Ponha a glicerina picada num recipiente plástico.
Coloque em banho-maria ou leve ao micro-ondas por períodos de 15 segundos até ficar líquida.
Adicione os ingredientes um a um (menos o álcool) e misture.
Despeje na fôrma (as formas de silicone são as melhores), borrife álcool, deixe secar e desenforme.

Sabonete Pré-sol

Material
150 gr de glicerina leitosa
7 ml de extrato glicólico de cenoura
7 ml de essência frutal
Corante laranja à base de água a gosto
Fôrma oval de PVC
Como usar: Uma semana antes de pegar sol (no mínimo) tome banho diariamente com o sabonete para preparar a pele para o bronzeamento.

Modo de fazer
Ponha a glicerina picada num recipiente plástico. Coloque em banho-maria ou leve ao micro-ondas por períodos de 15 segundos até ficar líquida. Adicione os ingredientes um a um (menos o álcool) e misture. Despeje na fôrma, borrife álcool, deixe secar e desenforme.

Sabonete Pós-sol

Material
100 gr de glicerina transparente
1 colher (sopa) de camomila desidratada
3 ml de extrato glicólico de camomila
3 ml de essência de camomila
Fôrma redonda de PVC
Como usar:Diariamente, após se expor ao sol, tome banho com o sabonete para acalmar a pele, manter o bronzeado e não desidratar.

Modo de fazer
Ponha a glicerina picada num recipiente plástico. Coloque em banho-maria ou leve ao micro-ondas por períodos de 15 segundos até ficar líquida. Adicione os ingredientes um a um (menos o álcool) e misture. Despeje na fôrma, borrife álcool, deixe secar e desenforme.

Sabonete de Maracujá

Material
100 g de glicerina leitosa
7 ml de essência de maracujá
50 g de glicerina transparente
Sementes desidratadas de maracujá
Corante amarelo à base de água
Fôrma de flor em PVC ou silicone
Álcool de cereal
Modo de preparo
Na fôrma, despeje algumas sementes de maracujá e reserve. Pique e derreta a glicerina transparente como ensinado no modo de preparo da página anterior. Agora, adicione metade da essência e gotas de corante, mexendo até ficar homogêneo. Em seguida, despeje tudo em uma fôrma, borrife álcool de cereal e espere secar. Derreta a glicerina leitosa, adicione gotas de corante e o resto da essência. Despeje o conteúdo sobre a outra parte do sabonete, borrife álcool e espere secar.
Bom uso, e boa sorte!!

Segue apenas um exemplo de como fazer

Repost da página Homeostasis – https://www.facebook.com/Homeosstasis?fref=ts – Christiane Souza e Silva

Aromaterapia, Receitas

Banhos aromáticos e Escalda-Pés

O banho, o momento perfeito para se refazer,
refazer seus sonhos, refazer seu Ser

Flamboyant_by_SolPeruibe
Flamboyant_by_SolPeruibe

Os banhos aromáticos e escalda-pés visam regularizar o sistema nervoso, ativar o sistema circulatório, higienizar o corpo e alterar nossos humores.

  1. Regularização do sistema nervoso sensitivo: a água é um tônico para o sistema nervoso. A água fria é especialmente sedativa. A homeostase (equilíbrio interno do corpo) faz diminuir as batidas do coração quando a pressão arterial aumenta. A hipertensão momentânea ocorre porque os vasos periféricos se contraem para evitar perda de calor quando tomamos um banho frio. ( A água quente também excita a sesibilidade periférica e determina uma série de refloxos similares aos da água fria. A diferença é que a água quente irá elevar a temperatura interna do corpo e fazer com que corra uma dilatação dos vasos periféricos. Em outras palavras, um processo é exatamente o reverso do outro). Como tudo no corpo é conetado (as divisões sistêmicas do corpo humano são apenas para fins educacionais), ocorre um outro efeito simultâneo sobre o sistema circulatório.
  2. Ativação do sistema circulatório: com a vasoconstrição e hipertensão dos vasos capilares cutâneos, o sangue deixa a pele e vai literalmente para dentro do corpo. Isso faz aumentar o calor interno. Porém, principalmente nos banos frios rápidos,  o processo interno de homeostase assume o controle e ocorre uma vasodilatação fazendo o calor fluir por conveção de dentro do corpo até a periferia. Quando o sangue já está fluindo em abundância, a pressão arterial cai e o coração volta a acelerar as batidas cardíacas.
  3. Higenização do corpo: quando usamos óleo essencial diluído numa base saponácea, isto é, usamos um banho-espuma aromático, estamos nos higienizando. A limpeza ocorre removendo-se substâncias insalubres e toxinas da pele resultantes do processo de transpiração.
  4. Relaxamento ou energização: talvez o efeito mais desejado para os banhso aromáticos seja o de influenciar positivamente nossos humores. O que ocorre é que aproximadamente após 20 minutos, os óleos essenciais já migraram através da pele e caíram na circulação sanguínea e vasos linfáticos. Ao chegarem em determinados órgãos, acabam produzindo efeitos relaxantes ou estimulantes dependendo do óleo essencial.

No próximo post estarei descrevendo o modo de uso por banhos de imersão, de chuveiro e escalda-pés. 🙂

Retirado do livro
Tudo sobre Aromaterapia
Adão Roberto da Silva
Editora Roka
Aromaterapia, Bem estar, Receitas

Sabonete suave com aroma de Benjoim

Banho um momento único que retira o mal estar do dia, te trazendo a inteireza perdida”

Crocus by Scotlandaddict
Crocus by Scotlandaddict

Sabão é uma das sínteses químicas mais antigas que se conhece. Quando as tribos germânicas no tempo de César ferviam sebo de cabra com potassa obtido das cinzas das árvores queimadas, estavam fazendo uma reação de hidrólise de glicerídeos, ou seja, estavam produzindo glicerina e sabão que é um sal de ácidos carboxílicos.

Os sabões podem ser duros, se a lixívia (solução alcalina) for de soda cáustica, ou glicerinado, se a lixívia for de potassa. O sabão virar uma barra de sabonete quando em sua composição há 70% ou mais de resinas ácidas e gorduras. Aliás, uma boa base de sabonete tem 80% de sebo e 20% de óleo de coco.

O que torna um sabonete excelente é não ter radicais alcalinos livres, em outras palavras, o sabonete tem de ser neutro para deixar a pele suave sem ressecá-la. Por isso, o melhor que temos a fazer é buscar no mercado uma massa de sabonete balanceada e de qualidade. Depois, simplesmente incorporar a tintura de benjoim.

Ingredientes:

  • 100 gramas de massa glicerinada para sabonete
  • 50 gramas de tintura de benjoim

Modo de preparo: (1) Cortamos a barra glicerinada num recipiente de vidro que seja resistirão calor. (2) Depois, a levamos para fundir em banho-maria; (3) Terminada a operação, tiramos do fogo para esfriá-la um pouco; (4) Agora, acrescentamos as gotas da tintura de benjoim enquanto a massa ainda estiver líquida; (5) homogeneizamos a mistura, e depois a colocamos num molde que nos agrada.

Você poderá variar a tintura, escolhendo o aroma de sua preferência.

Retirado do livro “Tudo sobre Aromaterapia”
Adão Roberto da Silva
Editora Rocca